segunda-feira, 30 de julho de 2012

« A história da Jornada Mundial da Juventude e a “Cruz dos Jovens” »

       

         Um dos maiores símbolos do cristianismo é a Cruz. Também é um dos mais conhecidos. Antes de Jesus Cristo, e mesmo depois de algum tempo que Ele concluiu sua obra salvadora entre nós, a cruz era instrumento de castigo, tortura e morte.  Depois que Ele, através da Cruz, redimiu a humanidade, com sacrifício, ela tornou-se sinal de salvação, de vida e redenção para todos aqueles que creem em seu nome e na eficácia de seu sacrifício, como cordeiro pascal, pelos nossos pecados.
       A Cruz foi adotada logo no inicio do cristianismo, como símbolo da fé, expressão de piedade e compaixão e também como objeto de veneração.  Não só a cruz em si, mas também os gestos e atitudes, inspirados nela, enriquecem a liturgia e a simbologia cristãs.
       O grande movimento iniciado pelo Beato João Paulo II, chamado Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), recebeu desse grande Papa, uma Cruz como símbolo.  Esse movimento tem como objetivo a evangelização da juventude, a fortificação de sua fé e, momento de intensa catequese.
       Corriam os anos da década de 1980. O Beato João Paulo, estava ainda no início de seu longo pontificado. Uma de suas primeiras grandes iniciativas foi estabelecer o ano de 1983 (25 de março de 1983 - 22 de abril de 1984) como Ano Santo da Redenção, com o lema: "Abri as portas ao Redentor".
       Como símbolo desse grande evento, o Papa pensou numa grande Cruz a ser colocada ao lado do altar principal da Basílica Vaticana. Deveria ser tão grande, que todos a pudessem ver de longe. Foi então construída, e colocada nesse local uma grande Cruz de madeira, com 3,8 metros de altura que aí permaneceu durante todas as celebrações pontifícias que se efetuaram na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo. Inicialmente ela era conhecida como Cruz do Ano Santo ou Cruz do Jubileu.
       A última celebração solene daquele ano santo foi o seu encerramento: o Papa fechou a Porta Santa (uma das grandes portas da Basílica) no dia 22 de abril de 1984, significando sua conclusão.
       Ao lado da Basílica de São Paulo há um Centro da Juventude, chamado São Lourenço, que o próprio Beato João Paulo II criou para acolher os jovens peregrinos que visitavam Roma, ou mesmo outros jovens necessitados de amparo e ajuda. Foi nessa ocasião que o Papa, num gesto daquilo que, posteriormente, ele mesmo iria chamar de Nova Evangelização, confiou a Cruz do Ano Santo aos jovens, pedindo que a levassem para o Centro da Juventude São Lourenço e dando-lhes uma missão muito específica. Foram essas suas palavras aos jovens:
       "Meus queridos jovens, ao concluir este Ano Santo, confio-vos o símbolo deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Levai-a pelo mundo afora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciai a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção".
       Aí foi traçada uma grande missão evangelizadora para os jovens: levar a Cruz de Jesus Cristo como símbolo de seu amor pela humanidade e, ao mesmo tempo, evangelizar o mundo, ou seja, anunciar a todos que somente no mistério pascal de Jesus (sua morte-ressurreição) é que podemos encontrar a salvação e redenção.  Na verdade, um duplo movimento daí surgiu: de um lado, os jovens foram investidos de uma missão evangelizadora (ir pelo mundo levando a Cruz) e de outro, eles mesmos foram e estão sendo evangelizados, e muitos começaram a seguir mais decididamente a Jesus como discípulos, através da JMJ, que o mesmo Papa começou a organizar em seguida.
       Em nome de toda a juventude católica, os jovens do Centro São Lourenço, levaram-na para lá e começaram, desde 1984, a organizar peregrinações dessa Cruz por todas as partes: Europa Central, Leste Europeu, Américas, Ásia, África, Austrália.  A primeira peregrinação foi em julho de 1984, na cidade de Munique (Alemanha). Daí por diante, essa Cruz passou a ser conhecida como Cruz Peregrina, Cruz dos Jovens ou Cruz das JMJ.  A partir de 1994, a Cruz começou a peregrinar também por todas ou quase todas as igrejas particulares dos países sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.  Assim, a Cruz das JMJ vai passando de país, em país, de diocese em diocese, tal como uma tocha olímpica, porém com uma mensagem muito superior e mais sublime: entusiasmar nossa juventude pelo seguimento de Jesus!

Fonte: Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude. Cruz Peregrina - Rumo ao Rio – 2013. 3. ed. Brasília: Edições CNBB, 2011.

sábado, 21 de julho de 2012

Logomarca do Ano Vocacional Arquidiocesano



        A logomarca para o Ano Vocacional da Arquidiocese de Porto Alegre foi desenvolvida com o objetivo de ser simples, leve e significativa, por esse motivo foi colocado somente quatro aspectos. 

          1° - O círculo representa o mundo como campo de missão. Disse-lhes Jesus: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Sabemos que o Ano Vocacional vai ocorrer nesta Igreja particular de Porto Alegre, contudo não estamos separados do mundo, nossa prece ao Senhor é que surjam aqui muitas vocações para transpormos os limites territoriais da Arquidiocese anunciando o Evangelho, o Senhor. O círculo também deseja representar a Eucaristia fonte e ápice para todos os batizados, alimento espiritual para a missão dos discípulos missionários. Pois o “pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo” (Jo 6,33). Esse pão não deve faltar aos nossos irmãos e irmãos. 

          2° - A cruz é formada por duas hastes: uma horizontal e outra vertical. Lembremos o que disse Nosso Senhor: “quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim” (Mt 10,38). Somos convidados a seguir os passos do Mestre, pois somente por essa via horizontal, com a graça de Deus, nos conduzirá a via vertical, sua morada eterna. Nossa vocação é um caminhar que em dado momento cruzará pelo caminho do Senhor, neste cruzamento brota seu convite: Vem e Segue-me, convite que deseja uma resposta. Contudo, muitas pessoas fogem deste chamado e seguem seus caminhos sem responder ao apelo do Senhor para trabalhar em sua messe, mal sabem eles que estão fugindo da felicidade, pois ele próprio diz: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai, senão por mim” (Jo 14,6).

          3° - Três partes verdes, cada uma delas deseja representar uma das vocações específicas: Vida Leiga como casados ou solteiros, Vida Consagrada no carisma especifico dos institutos, congregações ou ordens religiosas, tanto masculinas como femininas; Vida Ordenada sendo diáconos, padres e bispos no anúncio da Palavra e na celebração do sacramentos. A cor verde aqui tem dois sentidos, o primeiro de esperança e o segundo de inacabado, pois quando um fruto ainda está verde significa que não está pronto e nós somos frutos verdes que a cada dia amadurecemos mais com o sol de Deus. 
 
         4° - Três espigas de trigo representa a Santíssima Trindade, Três Pessoas num só Deus: O Pai que nos cria, o Filho que nos chama e o Espírito Santo que nós envia e conduz. O dourado representa toda a realeza daquele que chama, pois sabemos que todo chamado vocacional provém sempre de Deus. Podemos perceber que essa quarta parte é a maior de todas, Deus é o grande criador, Ele nos chama para sermos grandes com Ele e para Ele. Não somos convocados para simples coisas, mais chamados para uma grande missão.